O consumo de energia no mercado livre atingiu 18.046 MW médios em junho, o equivalente a 30% do total utilizado em todo sistema elétrico do Brasil. Há três anos, a fatia era de 25%.
O "boom" do mercado livre se deu de 2015 para 2016, quando a quantidade de consumidores mais que dobrou e passou de 1,8 mil para 4 mil. Em junho, o país tinha 237 companhias habilitadas a comercializar energia nesse mercado.
Em 2017, cerca de 30% de toda a energia comercializada pelo mercado livre veio de usinas eólicas, solares, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas. "Nosso segmento é fundamental para garantir a competitividade e sustentabilidade do setor produtivo", afirma Reginaldo Medeiros, presidente da Abraceel.
Nenhum dos segmentos da economia registrou retração no consumo de energia elétrica no mercado livre em 2017. Os grandes destaques em crescimento foram dos setores de Comércio (63,3%), de Serviços (39,1%), de Saneamento (32,4%) e de Alimentos (38,1%). "Precisamos agora levar o benefício do mercado livre a um número maior de empresas, aprovando a reforma setorial em tramitação no Congresso Nacional", frisa o presidente.
Por que comprar energia direto de quem gera?
Basicamente, porque costuma sair mais barato.
"O mercado livre existe para estimular, pela concorrência, uma redução da tarifa", diz o professor Nivalde Campos, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), especialista em economia do setor elétrico. "O serviço de distribuição sempre continuará sendo pago, mas a energia custará menos na medida em que o mercado livre evoluir", emenda Rui Altieri, presidente do conselho da CCEE.