Cresce o número de empresas com menor eficiência energética no País

21/09/2018 00:00:00



O número de indústrias consideradas pouco eficientes no uso de energia vem crescendo no Brasil, o que coloca o País nas últimas posições do ranking mundial da categoria que mede este tipo de prática.


Embora a indústria nacional tenha melhorado seus índices de eficiência, estudo aponta esse aumento do número de empresas menos eficientes. “Observamos um crescimento, mas não temos uma clareza completa do que causa isso. No entanto, políticas de subsídio, acesso ao crédito e falhas de informação contribuem para esse quadro”, afirma a pesquisadora do ClimatePolicyInitiative, Amanda Schutze.


Associado ao Núcleo de Avaliação de Políticas Climáticas da PUC-Rio, a organização é responsável pelo estudo que examinou 106 setores da indústria extrativa e de transformação entre 2003 e 2015. A pesquisa aponta que a melhora da economia observada para as empresas no período não se traduziu em aumento da eficiência. “O que o estudo mostra é a necessidade de uma política pública de longo prazo para melhorar a questão setorial e diminuir barreiras para que as empresas mais eficientes ganhem espaço”, aponta Amanda, acrescentando que, no Brasil, essas políticas costumam ser reativas a períodos de crise, como o racionamento de energia em 2001.


No ranking elaborado pelo Conselho Americano para uma Economia Energeticamente Eficiente (ACEEE) de 2018, o Brasil está na 20ª posição geral e na 21ª do setor industrial entre os 25 países que mais consomem energia.




Perfil das empresas


O estudo aponta que enquanto grandes empresas multinacionais têm projetos de eficiência, pequenas e médias possuem dificuldade. O motivo seria uma série de entraves, como o desconhecimento das tecnologias, foco imediatista nos investimentos e restrição de financiamentos para a compra de equipamentos. Por isso para essas empresas é difícil priorizar a eficiência energética, já que esse tipo de projeto é avaliado juntamente com gastos com produção e logística, mais relacionados à atividade fim da indústria.


O estudo também mostrou que de onze setores que consomem cerca de 50% da energia da indústria, nos ramos de fabricação de cimento; fabricação de papel, cartolina e papel-cartão; extração de minério de ferro; e fabricação de produtos de material plástico, as empresas mais eficientes no uso da energia e mais produtivas possuem maior participação. No contraponto, fabricação de produtos químicos inorgânicos; tecelagem – exceto malha – e fabricação de peças de veículos automotores possuem baixa participação de firmas eficientes e produtivas no seu produto total.


Uma melhor distribuição de capital, trabalho e energia poderia trazer um aumento de 81% na produtividade da indústria e o setor de fabricação de derivados de petróleo aparece na ponta como que mais tem ganho de potencial de produtividade, sendo seguido pelo de serviços de pré-impressão e acabamentos gráficos e de fabricação de produtos de borracha.

 
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