O desequilíbrio econômico-financeiro enfrentado pelas concessionárias de energia elétrica desde os reajustes tarifários de 2013 impactaram diretamente os consumidores finais.
O custo de energia elétrica, que antes era extremamente previsível, com suas respectivas revisões tarifárias em linha com a evolução da inflação, acabou por se tornar uma incógnita para a formação de custo de qualquer empresa/indústria com uso intensivo de energia elétrica.
Conforme artigo anterior, a implantação das Bandeiras Tarifárias já elevou o custo de energia elétrica em até 23,6%, conforme demonstramos abaixo (cliente CEEE, Industrial, HSV):
Cabe lembrar que em Janeiro/2013 houve uma redução média de 20% nas tarifas de energia . O que inicialmente foi celebrado pelos consumidores, tornou-se um prejuízo de R$ 17 bilhões para as concessionárias de energia ao longo de 2 anos.
Como em qualquer negócio, deve existir um equilíbrio financeiro entre o preço de compra e o preço de venda do produto.
Conforme gráfico abaixo, demonstramos a evolução em % do kWh médio da Baixa Tensão (como exemplo) considerando o valor da tarifa em 25/10/2013 como valor base. Desde Outubro de 2013, a energia elétrica já aumentou 55,05%, recuperando em 36% o preço anterior à redução implementada pelo Governo em 2013.
Agora em termos de custos mensais, simulamos para um consumidor Industrial em modalidade HSV, com demanda contratada de 200 kW e fator de uso de 50% para cada uma das alterações tarifária.
Uma reflexão sobre o custo de energia elétrica na composição dos custos é de extrema importância, visto os significativos aumentos. Em termos anuais, de Outubro/2014 para Março/2015 (apenas 5 meses), há um aumento anual de R$ 88.884 na composição do centro de custo Energia Elétrica.