O ano de 2015 começou com uma má notícia para os consumidores de energia elétrica: Após o ano de testes em 2014, entrou em vigor e cobrança no dia 1o de Janeiro de 2015 o sistema de Bandeiras Tarifárias. De modo resumido, o sistema de bandeiras tarifárias permitem às concessionárias de energia elétrica o reajuste mensal das tarifas de energia (aprovado pela ANEEL) de acordo com as condições de geração do sistema nacional. Ou seja, se em determinado mês o sistema nacional requerer a utilização de usinas termoelétricas com custo de geração mais caro, entrará em vigor a Bandeira Vermelha. Se houver um leve aumento no custo de aquisição, entrará em vigor a Bandeira Amarela, e se o custo de aquisição de energia estiver dentro da expectativa das revisões tarifárias, será a bandeira Verde.

Os custos adicionais de cada bandeira estão descriminados abaixo, e são válidas para todas as concessionárias de energia no Brasil (com exceção da região Norte):

Exemplificamos abaixo o impacto do aumento do custo das bandeiras tarifárias aos clientes atendidos pela CEEE (exemplo), demonstrando na tabela abaixo o impacto no custo de energia da aplicação das bandeiras tarifárias em clientes do Grupo A4, na tarifa Horo Sazonal Verde, Industrial (ICMS de 17%).

Cabe neste momento ressaltar o impacto de 23,6% de aumento no custo do kWh que a bandeira vermelha representa na Tarifa Fora de Ponta. Num mês, considerando 30 dias, sendo 22 uteis, temos um total de 720 horas. Destas, 654 horas estão compreendidas no Horário Fora Ponta, o que representa 90,8% das horas totais no mês. Ou seja, além do maior impacto percentual do aumento no custo de energia elétrica ser no Horário Fora Ponta, este também é o horário em que 90,8% do consumo está inserido.

O cenário projetado para o ano de 2015 é de que a Bandeira Vermelha mantenha-se em vigência até pelo menos Novembro/2015.

Diante disto, Projetos de Eficiência Energética que (i) contribuam para a otimização no consumo de energia elétrica (Orientado a Processos); (ii) diminuição no consumo de energia (Orientado a Retrofit de equipamentos) e (iii) Microgeração de Energia tornam- se financeiramente viáveis e indispensáveis para a manutenção da lucratividade nos mais diversos segmentos.