Mais cedo tivemos a análise do impacto da última revisão tarifária da distribuidora CEEE-D no mercado cativo de energia elétrica, o qual se encontram a maior parte dos consumidores (ver mais).
Agora é o momento de analisar o quanto esse reajuste impacta nas contas dos consumidores do mercado livre, ou seja, para o grupo de grandes consumidores que pagam para a CEEE-D apenas o custo do “frete” da energia.
Como há diferença no faturamento dos consumidores ao considerar a classe e a modalidade tarifária (método de faturamento), apresentamos nas tabelas abaixo a evolução das tarifas de 2018 até o momento, realizando a distinção necessária.
Para justificar a variação no efeito médio desigual entre as classes, desde 2019 temos a redução gradual dos descontos repassados nas tarifas desses consumidores, sendo: 2% a cada ano para os rurais e 3% a cada ano para os que possuem atividade destinada ao serviço público. A partir da revisão de tarifas de 2023 esse efeito volta a ser o mesmo para todos os consumidores, visto não possuírem mais descontos aplicados na tarifa base.
O aumento médio (todos os consumidores) do custo da distribuição de energia elétrica é de 12,41% e passou a vigorar no dia 22/11/21. Considerando o calendário de leituras no mercado livre, que é de acordo com o mês civil, esse ônus será percebido em sua magnitude nas contas a serem pagas a partir de janeiro de 2022, visto que nos faturamentos de dezembro de 2021 a aplicação da tarifa atual será apenas nos nove últimos dias do mês de novembro.
Contudo, para realizar uma projeção de custo total referente a energia elétrica para o ano 2022, é crucial levar em consideração as variações no preço do MWh (unidade de consumo) referente a aquisição/compra de energia, tributação aplicada e encargos do setor – o que gerará um resultado único para cada consumidor.
Linkedin: Patrick Recart
Fonte: ANEEL