A Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) é a empresa do estado do Rio Grande do Sul que controlava toda a estrutura do setor elétrico gaúcho: geração, transmissão e distribuição de energia elétrica. O processo de reestruturação e desestatização do grupo está passando por modificações desde meados de 2000.
O marco no processo de distribuição ocorreu em 1997, quando o grupo dividiu a empresa através da, CEEE-D: realizando a administração da distribuição de parte da região metropolitana e sul do estado, permanecendo estatal; e o restante do território privatizado, passando a ser atendido pelas empresas RGE e AES Sul, ambas pertencentes ao Grupo CPFL nos dias de hoje.
Desde então, popularmente é questionável o desempenho da distribuidora no atendimento dos consumidores. A ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) publicou em 2020 o ranking de continuidade no fornecimento de energia elétrica, apenas entre as concessionárias de grande porte (mais de 400 mil unidades consumidoras), e o desempenho da CEEE-D ficou na 29ª posição, entre 29 participantes.
Ainda no processo de desestatização, em 31 de março de 2021 o Grupo Equatorial Energia adquiriu a empresa e passou a administrar a distribuição de energia elétrica em 72 municípios gaúchos. Esta é a quinta concessionária que o grupo adquiriu e está bem reconhecida com a melhora nos indicadores de prestação de serviço no norte e nordeste brasileiro.
Mesmo sendo relativamente recente a troca de gestão, os consumidores por ela atendidos necessitam de respostas quanto aos projetos e planos no curto e médio prazo que visem melhorar a qualidade – atualmente crítica – na entrega e atendimento de energia elétrica local.
Deste modo, a GEBRAS participou de uma comitiva com o posto de atendimento de Camaquã, recebidos pelo Consultor Comercial: Aurélio Knepper, no dia 11 de fevereiro de 2022, o qual foram elencadas as dificuldades encontradas pelo grupo para agilizar a melhora na prestação do serviço e algumas ações tomadas, em diferentes fases.
Entre as diversas ações o consultor frisou a necessidade de compreensão por parte dos consumidores no processo de crescimento.
Através da análise de desenvolvimento do desempenho das quatro concessionárias incorporadas anteriormente, o grupo estimou o período médio de dois anos de maturação.
Durante a reunião, destacaram dois pontos, em primeiro lugar, a redução de aproximadamente 60% no quadro de colaboradores, em segunda lugar, a situação caótica em que a CEEE-D estava/está, o que modera os índices de melhoria de imediato.
Atualmente estão com processos de recrutamento em aberto e novos colaboradores já contratados na etapa de treinamento, principalmente nas equipes técnicas para trabalho em campo. Informaram que parte dessa equipe é específica para trabalho em linha viva (rede elétrica energizada) e que terão como foco no curto prazo, na região rural, a poda de árvores que estão em contato com a rede elétrica e com certa frequência causam rompimento de cabos condutores e consequente falta de energia elétrica nas unidades consumidoras, assim como aumento em manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos e redes já existentes.
Em tempo, relataram que o objetivo da Equatorial Energia é ter um PAC (Posto de Atendimento Conveniado) em cada município que atende, deixando o consumidor mais próximo do atendimento quando necessário.
Para os grandes consumidores de energia elétrica (clientes do Grupo A), terão um número de telefone específico, central e gratuito para contato, assim como todos os consumidores poderão tratar assuntos mais pontuais e de rápido atendimento através de um número de whatsapp, como segunda via de contas, por exemplo. Investimentos em equipamentos elétricos de grande porte já foram realizados, mas os efeitos serão para daqui um ano, quando a entrega dos equipamentos pelos fabricantes ocorrerá.
Enfim, toda a alteração possui um período de maturação. Quando essa transição envolve a troca da gestão pública para a privada, tende a ser mais lenta.
Autor:
Linkedin: Patrick Recart
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