O efeito estufa é um dos grandes problemas climáticos que enfrentamos atualmente. Nesse sentido, o dióxido de carbono, ou CO2, um dos principais responsáveis pela ocorrência desse fenômeno, é proveniente da queima de combustíveis fósseis, queimadas e desmatamentos. Nesse contexto, o relatório da Agência Internacional de Energia (IEA) mostra que as emissões globais de dióxido de carbono pelo setor energético, em 2021, aumentaram em 6%, representando 36,3 bilhões de toneladas do gás, sendo o patamar mais alto atingido na história. Essa situação se deu devido à recuperação de economia após a crise da Covid-19 e ao súbito aumento no preço de gás natural, aumentando a necessidade de energia no mercado, fazendo-se necessária a utilização de geração termelétrica para suprir a demanda energética mundial.
Sob esse aspecto, a geração de energia a partir de termelétricas a combustíveis fósseis é um grande contribuinte atual para a aceleração do aquecimento global, devido à queima dessas substâncias, necessária à produção de eletricidade. Nessas usinas, esses combustíveis são utilizados na caldeira para evaporar a água, assim, o vapor é o responsável por girar a turbina, transformando energia térmica em elétrica, passando em seguida pelo condensador para resfriar e, então, recomeçando o ciclo.
Tendo em vista a matriz elétrica mundial, sabe-se que deriva, em grande parte, da queima de combustíveis fósseis, o que gera um impacto ambiental significativo no que tange à emissão de CO2 para a atmosfera. Sob um olhar mais direcionado, há o Brasil, o qual, privilegiado por sua hidrografia, tem na sua fonte hidráulica sua principal matriz elétrica. Contudo, a matriz brasileira é muito diversificada, com suas maiores fontes sendo representadas por hidrelétricas, usinas solares e usinas eólicas. Com isso, o país encontra-se com uma das matrizes mais sustentáveis do mundo. Já em uma perspectiva futura, com o desenvolvimento de fontes verde no país, a expectativa é de uma redução de 86% da emissão de CO2 por geração elétrica até 2050.
Autor: Kévin Cardoso | Analista de Gestão de Energia