Entre todas as grandezas técnicas que influenciam na conta de energia das unidades consumidoras de alta/média tensão, sem dúvidas, o fator de potência é um dos que mais gera dúvidas. A energia elétrica é composta por duas componentes: Ativa e Reativa. A energia ativa é a parte que efetivamente permite o funcionamento dos equipamentos elétricos e eletrônicos. Já a reativa é uma energia que não produz um trabalho em si, mas ajuda outros componentes a fazê-lo. Apesar de ser uma componente importante, o alto fator de potência indica uma eficiência alta e inversamente no sistema elétrico, já um baixo fator de potência indica ineficiência do uso da energia.
Sendo assim, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) determina que o Fator de Potência deve ser mantido o mais próximo possível da unidade (1), mas permite um valor mínimo de 0,92 caso não tenha a padronização especificada a agência autoriza às distribuidoras a cobrarem multas com potencial de aumentar o custo na fatura de energia elétrica.
O fator de potência também é contabilizado de forma variável em horários diferentes, entre 00h e 06h temos o período capacitivo e entre 06h e 00h temos o período indutivo. A diferenciação ocorre devido às características das cargas no sistema de distribuição. Em geral, sugere-se aos consumidores que evitem a injeção de potência reativa no período da madrugada para que não aconteça sobretensões nas redes das distribuidoras.
Abaixo lista-se algumas das causas mais comuns que geram oscilações no fator de potência das unidades consumidoras:
- Grandes motores e transformadores atendendo cargas pequenas;
- Dimensionamento e atuações erradas do banco de capacitores gerando reativos excedentes indutivos (falta de capacitores);
- Motores funcionando em vazio, ou seja, máquinas que ficam ligadas, mas sem carga ou sem utilização;
- Capacitores ligados nas instalações das unidades consumidoras horossazonais no período da madrugada.
Portanto, destacam-se abaixo as vantagens de manter o controle do fator de Potência:
- Redução significativa do custo;
- Aumento de eficiência energética da empresa;
- Melhoria de tensão;
- Aumento da capacidade dos equipamentos de manobra;
- Aumento da vida útil das instalações e equipamentos;
- Redução da corrente reativa na rede elétrica.
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