Segundo estudos apresentados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), a geração de energia elétrica no país demonstrou, no mês de julho, um crescimento de 0,3% - equivalente a 61.708MW médios. Apesar de ainda ser uma porcentagem pequena, este foi o primeiro crescimento registrado desde o mês de novembro de 2019.
Neste contexto, os dados mostram que as usinas hidrelétricas expressaram uma elevação de 10% em sua geração, comparado ao mesmo período de 2019, sendo responsáveis por 44.217MW médios. Enquanto que as gerações fotovoltaica e eólica apresentaram aumentos de 34,3% e 10,5%, respectivamente. Dessa forma, os valores médios ficaram em 717MW para a geração fotovoltaica e 7.809MW para a eólica.
Ademais, a única queda registrada ocorreu na geração termelétrica, a qual manifestou-se 34,8% abaixo do valor atingido no mesmo período do ano anterior, com 8.964 MW médios.
Quanto ao consumo, mesmo com os resultados dos estudos demonstrando que no mês de julho ele foi 0,6% inferior ao valor expresso nos registros de julho de 2019, os declínios estão se mostrando cada vez menos expressivos. No mês de abril, por exemplo, os dados mostraram uma redução correspondente a 13%.
Além disso, os resultados exibidos no boletim do Programa Mensal de Operações (PMO), do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), expressam um cenário positivo para o mês de agosto. Nele, consta uma previsão de 1,3% de aumento de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN).
De todas as regiões do país, apenas o Norte permanece com perspectivas de consumo reduzidas, uma estimativa de -0,2% e 5.605MW médios. Entretanto, as regiões do Nordeste, Sudeste, e Sul apontam previsões com aumentos de 2,5% e 10.560MW médios, 1,3% e 37.567MW médios e 0,9% e 11.092MW médios, respectivamente.
Embora os valores referidos ainda não apresentem os patamares ideais de geração de energia e consumo, é possível concluirmos que a flexibilização de algumas medidas restritivas adotadas no cenário de pandemia de COVID-19, bem como a gradativa retomada das atividades econômicas, já está apresentando leves influências no setor elétrico.
Fonte: CCEE, ONS